segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Mostrengo

O mostrengo que está no fim do mar
Na noite de breu ergueu-se a voar;
À roda da nau voou três vezes,
Voou três vezes a chiar,
E disse: «Quem é que ousou entrar
Nas minhas cavernas que não desvendo,
Meus tectos negros do fim do mundo?»
E o homem do leme disse, tremendo:
«El-Rei D. João Segundo!»

«De quem são as velas onde me roço?
De quem as quilhas que vejo e ouço?»
Disse o mostrengo, e rodou três vezes,
Três vezes rodou imundo e grosso.
«Quem vem poder o que só eu posso,
Que moro onde nunca ninguém me visse
E escorro os medos do mar sem fundo?»
E o homem do leme tremeu, e disse:
«El-Rei D. João Segundo!»

Três vezes do leme as mãos ergueu,
Três vezes ao leme as reprendeu,
E disse no fim de tremer três vezes:
«Aqui ao leme sou mais do que eu:
Sou um povo que quer o mar que é teu;
E mais que o mostrengo, que me a alma teme
E roda nas trevas do fim do mundo,
Manda a vontade, que me ata ao leme,
De El-Rei D. João Segundo!»

Fernando Pessoa, Mensagem

terça-feira, 25 de maio de 2010

Cronologia dos Descobrimentos

A Marta fez uma pesquisa que, creio, será útil para todos... E ela não se importa de partilhar convosco.

Principais feitos marítimos:
1418-1419 - Descoberta das ilhas de Porto Santo e da Madeira (João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira)
1427 - Descoberta do arquipélago dos Açores (Diogo de Silves)
1434 - Passagem do Cabo Bojador (Gil Eanes)
1460 - Chegada à Serra Leoa (Pedro de Sintra)
1488 - Passagem do Cabo da Boa Esperança (Bartolomeu Dias)
1492 - Descoberta das Antilhas (América Central), por Cristóvão Colombo (ao serviço de Castela)
1498 - Descoberta do caminho marítimo para a Índia (Vasco da Gama)
1500 - Descoberta do Brasil, por Pedro Álvares Cabral

Marta, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Ser da Nobreza na Idade Média

Há muitos séculos atrás já fui da nobreza. Era jovem e vivia em plena Idade Média.
Nessa altura, enquanto os maridos iam para a guerra, as senhoras ocupavam o seu tempo a tratar dos assuntos domésticos, a bordar e a passear acompanhadas pelas suas aias ou damas de companhia. Nós, os nobres, tínhamos uma vida privilegiada, não precisávamos de trabalhar para sobreviver. Nós vivíamos em domínios senhorais, assim chamados porque eram grandes terras que nos tinham sido doadas pelos reis e nas quais trabalhavam muitos camponeses livres e servos. As nossas casas eram grandes (também podíamos viver numa torre senhorial ou num castelo) e a sua divisão mais importante era o salão, onde o senhor recebia os seus convidados e hóspedes e tomava as refeições com a família. Divertíamo-nos a fazer corridas a cavalo e torneios, bem como a caçar, e também organizávamos grandes festas com músicos, bailarinas, trovadores e comíamos com fartura. Homens e mulheres vestiam os seus melhores fatos de tecidos ricos e coloridos e usavam as melhores jóias.

Marta Verde Vasconcelos, 5ºA (E.B. de Vila Praia de Âncora)

terça-feira, 18 de maio de 2010

Se a Inês fosse da nobreza...

Se eu fosse uma dama da nobreza, primeiro seria uma aia de companhia de uma rainha e, mais tarde, tornava-me uma rainha e seria boa para o povo.
Eu começaria por acabar com o problema da falta de mão-de-obra nos campos e depois resolveria os problemas da burguesia. De seguida, acabaria também com os problemas do clero e da nobreza.
No entanto, se a população não me apoiasse para rainha ficaria zangada, porque tinha dado tanto por esse povo que, se eles não me apoiassem, isso seria um desrespeito por mim e entregaria esses traidores nas mãos do povo que estava do meu lado.
Esta história é baseada nas figuras de D. Inês de Castro e de D. João, Mestre de Avis.

Inês Barroso, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

A Inês pesquisou ainda o significado de Nobre:
Nobre (Do lat. nobile-)
(nome masculino) 1. Membro da nobreza (pessoa que faz parte da nobreza); 2. Pessoa que, por descendência ou decisão régia, possui determinados títulos e goza de regalias em relação a outros grupos sociais.
(adjectivo uniforme) 1. Relativo à nobreza; 2. Próprio da nobreza; 3. Que revela elevação de carácter ou superioridade moral; 4. Ilustre, honroso, excelente; 5. Distinto, notável; 6. Majestoso, magnânimo; 7. Elevado; sublime; 8. Precioso (metal nobre); Fig. Que mostra grandeza, elevação moral, distinção. Partes nobres (no homem), o coração, o cérebro etc.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Se o Bruno fosse um nobre e vivesse no século XIV

Estava um belo dia de Sol e era um dia muito importante. Quando acordei, olhei pela janela e disse para mim mesmo: “Que bela manhã para caçar”. Acordei a minha esposa e fui chamar os camponeses para a caça. Partimos para a caça; éramos quinze, ao todo… Caçámos três javalis e fomos para casa almoçar.
Quando acabei de almoçar, recebi uma carta do rei (D. João, Mestre de Avis) para combater na batalha de Aljubarrota. Disse adeus à minha esposa, beijei carinhosamente os meus filhos e fui ter com o rei.
De seguida fomos para o campo de batalha com 1500 homens. Vimos os castelhanos… eram muitos mais, deviam ser 2000 homens prontos para atacar.
Como os castelhanos ainda estavam um pouco atrasados e eram muitos, resolvemos preparar armadilhas, escavando buracos que depois tapámos com ramos, de uma forma disfarçada.
Quando os castelhanos atacaram com a cavalaria, nós começámos pelas setas, a cavalaria retirou-se… Os castelhanos mandaram a outra cavalaria, estes viram que não dava para continuar a cavalo e atacaram a pé. Entretanto, quando os castelhanos mandaram avançar a peonagem, a cavalaria retirou-se e o povo, em vez de atacar, fugiu à debandada.
Os castelhanos retiraram-se e nós (PORTUGAL) ganhámos.
Bruno Fonseca, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

domingo, 16 de maio de 2010

Se eu fosse um cavaleiro...

Se eu fosse um membro da nobreza gostaria de ser um cavaleiro. Teria a função de combater ao lado do rei nas guerras. E quando estivéssemos em paz participaria em torneios, caçadas e corridas de cavalos.
Viveria numa grande casa ou num castelo em que poderia dar festas.
Comeria carne, peixe, e muito marisco e ainda teria o privilégio de comer doces magníficos.

Nuno Rodrigues, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

Se eu fosse uma rainha...

Se eu fosse da nobreza quereria ser uma rainha..., uma rainha que fosse amiga do povo.
Eu, com as minhas riquezas (é claro que quereria ter muitas riquezas!), iria viajar com o melhor navio que houvesse!
Teria quatro aias de companhia e passearia com elas todos os dias de Sol.
Teria um noivo, sabe-se lá qual e para quê, se eu nem queria ter filhos!
E aprovaria uma lei para as mulheres também irem para as guerras e outra para os homens também limparem a casa.
E por falar em casa, eu quereria ter um castelo mesmo muito grande e um jardim enorme, cheio de animais.
E era assim que eu quereria viver!

Mariana Verde, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

sábado, 15 de maio de 2010

Se o João fosse nobre e vivesse na Idade Média

Eu, nobre João, filho de Manuel da Maia e Isabel Afonso, vivo, actualmente, na cidade de Coimbra.
Hoje de manhã fui caçar à minha floresta, situada no Monte dos Baldes. Levei a minha espada de bronze, o meu cavalo, Saltão, e levei vestida uma capa amarela e panos de pernas verdes.
Fiz uma grande caçada, trouxe coelhos e um grande veado. No fim do dia joguei o meu jogo preferido, que é o xadrez. Também gosto muito dos saraus, porque há acrobacias e malabarismos. Ser nobre é saber lutar contra o inimigo, ser grande caçador, fazer grandes torneios e cumprir ordens do rei.
Gosto de ser nobre.
João Parente, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Se o César fosse da nobreza, seria um príncipe, com certeza!

Se eu fosse um nobre e vivesse na Idade Média seria filho de um rei, um príncipe. Se eu fosse um príncipe estaria sempre a treinar para ser cavaleiro, estaria sempre a caçar e seria muito bondoso para o povo, para eles gostarem de mim quando viesse a ser rei. Ajudaria sempre o meu pai a comandar os seus exércitos e daria bons conselhos nas suas cortes. Jogaria muito às cartas nas tavernas com os meus amigos e faria tudo o que me apetecesse, mas que não me prejudicasse a mim nem a ninguém.
César Magarinho, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Se eu fosse uma princesa...

Se eu fosse uma princesa gostaria de ser bonita, elegante e inteligente.
Quando acordasse de manhã as minhas aias vinham-me vestir. Os vestidos seriam bonitos, de tecidos bons e confortáveis e teriam de ser até aos tornozelos.
De seguida iria tomar o pequeno-almoço com os meus pais e irmãos.
Logo a seguir vinham as minhas obrigações, como ter aulas particulares, por exemplo de leitura, etiqueta e canto.
Depois ia almoçar com a minha família e até com alguns membros da nobreza.
Nalgumas tardes ia passear na minha carruagem e teria oportunidade de conhecer alguns príncipes, para eles me cortejarem e depois o meu pai escolher o que desse o melhor dote.
Quando fosse casada, por vezes, iria passear com o meu príncipe para os jardins do meu castelo.
As minhas damas de companhia muitas das vezes também vinham passear comigo, para me protegerem do sol com um esplêndido e exuberante chapéu.
De vez em quando, à noite, poderia fazer alguma festa com gente da nobreza e do clero. Essas festas teriam cantores, bailarinos e bobos.
À noite, antes de me deitar, escreveria poesia.
E seria assim a minha vida enquanto princesa.

A MINHA OPINIÃO:
Se fosse nos tempos de hoje, eu não seria uma princesa assim. Não teria aulas de etiqueta, nem de canto. Não gostaria de andar de vestido, nem que me vestissem, e também não gostaria de ter criados. Seria eu a escolher a pessoa ideal para me casar e não precisaria da ajuda do meu pai para o fazer.
Seria uma pessoa mais independente e livre.
Este texto ajudou-me a perceber uma coisa... Gosto de ser quem sou e se a minha vida fosse de outra maneira não teria piada viver. Não foi fácil fazer este texto pois não estou habituada a imaginar-me de outra forma.
Maria Araújo Fontaínha, n.º 15 5.º A

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Carta aberta pela protecção dunar

Vila Praia de Âncora, 2 de Março de 2010
Olá colegas!
Tudo bem? Aqui vão algumas novidades!
A minha escola está a participar num projecto de preservação das dunas. Por isso todas as turmas do 5.º e 7.º ano foram para as dunas do Caldeirão, aqui em Vila Praia de Âncora, arrancar o chorão, uma planta invasora com raízes reduzidas que não fixam a areia e põem em causa a resistência das dunas, pelo Estorno, que é uma espécie autóctone com raízes maiores que fixam areia, ajudando a preservar as dunas.
No início do projecto participámos numa sessão de esclarecimento sobre a acção orientado pela FAPAS que é uma instituição de protecção do ambiente. Depois fomos para as dunas numa quinta-feira (ainda bem porque tenho música que não gosto nada). Arranquei Chorões a maior parte da manhã e alguns eram maiores que eu! Também apanhei lixo, encontrei uma garrafa de Coca-Cola com um líquido amarelo e muitas outras coisas. O Chorão formava autênticos tapetes, o que tornou difícil arrancá-lo, por isso só plantámos Estorno num espaço muito pequeno.
Adeus e até à próxima.
Joaquim

Vila Praia de Âncora, 1 de Março de 2010
Olá, querida amiga!
Tudo bem contigo?
Envio-te esta carta para te falar sobre o projecto «Reconversão Dunar», que está a ser orientado pela FAPAS, e para te contar sobre a actividade em que participei no passado dia 18 de Fevereiro de 2010.
Nesse dia todas as turmas do quinto e sétimo ano da escola foram visitar as dunas do Caldeirão. Contudo, o objectivo desta actividade era fazer algo de construtivo e positivo pelo ambiente. Assim sendo, as turmas foram divididas em vários grupos: o grupo que apanharia o lixo, outro que iria recolher Chorões e um último que plantaria Estorno.
A razão principal pela qual fomos às dunas, foi porque o mar anda a comer muito areal deixando desprotegida a costa. Por isso fomos às dunas do Caldeirão porque os Chorões têm uma raiz pequena, enquanto o Estorno tem uma raiz profunda que se agarra melhor ao solo, impedindo que daqui a uns anos o mar chegue às casas e à estrada. Também aprendemos que não devemos ir brincar para cima das dunas para evitar a erosão das mesmas.
Sempre que vejo pessoas nas dunas a brincar pergunto a mim própria porque é que as pessoas, tendo uma praia tão grande, vão logo para as dunas que não deveriam ser destruídas.
Protege as dunas, respeita-as… destrói as ondas, não as dunas.
Um abraço e até breve!
Mafalda de Carvalho Gouveia Ferreira

P.S. Quando acabares de ler esta carta tenta passar a mensagem aqui contida a todas as pessoas que conheces. E assim, estarás a ajudar as nossas dunas.


Vila Praia de Âncora, 1 de Março de 2010
Olá amigos, tudo bem?
Eu e a minha turma, no dia 18 de Fevereiro, fomos às Dunas do Caldeirão em Vila Praia de Âncora, retirar Chorão e plantar Estorno porque o Estorno fixa mais as areias das dunas e protegem-nas do vento. Também fomos apanhar o lixo que estava nas dunas, com a ajuda da instituição FAPAS.
Deves estar a interrogar-te porque é que fomos fazer este trabalho. Mas eu explico-te: se não preservarmos as dunas, o mar avança e pode destruir casas (ah! e não se deve fazer casas nas dunas!), inundá-las… Pode também inundar as ruas, estragá-las, destruí-las…
Se não queres que isto aconteça, eu ensino-te algumas coisas que deves evitar fazer: não faças novos trilhos nas dunas, anda por trilhos já usados; não corras em cima das dunas; não andes de bicicleta nem de mota e não apanhes banhos-de-sol em cima delas.
Por favor não faças isso. Sê bom para o ambiente, sê um protector!
Abraços e até breve.
Miguel Silva Vasconcelos
PS: Dá saudações e despedidas minhas aí às pessoas.

Vila Praia de Âncora, 1 de Março de 2010
Querida amiga,
Tudo bem?
Aqui vão algumas novidades: a minha turma, no dia dezoito de Fevereiro, foi até às dunas de Vila Praia de Âncora. Lá, arrancámos Chorões e plantámos Estorno. Não sei se sabes, mas os Chorões são uma planta invasora que não protege as dunas, enquanto o Estorno é uma planta que protege as dunas, pois a sua raíz é fasciculada e alongada.
A seguir fizemos uma recolha de lixo para que as dunas ficassem mais limpas e protegidas.
Aconselho todos os meus amigos que não comprem casa nem construam à beira do mar nem nas dunas, porque isso é um risco e estão sujeitos a ficar sem casa. É que se as dunas não forem fortes, o mar facilmente as pode destruir e depois é fácil as ondas chegarem até às nossas casas.
Beijinhos.
Eduarda Silva
Vila Praia de Âncora, 1 de Março de 2010
Olá colegas, tudo bem?
Eu soube que vocês participaram num projecto chamado “Reconversão Dunar”, actividade esta que decorreu no dia 18 de Fevereiro de 2010. Foram para a praia retirar o Chorão, que tem as raízes muito pequenas e que não agarram bem a areia das dunas, e substituíram-no pelo Estorno, que tem as raízes mais compridas e seguram melhor a areia das dunas.
Inicialmente perguntei-me porquê… Agora já sei! Estiveram a fazer este trabalho para proteger as dunas. As dunas são importantes para quando o mar sobe não atingir a estrada e as casas que estão lá ao pé. Nós protegemos hoje as dunas para daqui a uns anos elas nos protegerem a nós. As dunas, nalguns sítios do litoral, estão a desaparecer.
Tive pena de não ir convosco mas ainda estava de férias. Sei que vai haver uma próxima visita para observarmos o estorno que plantaram. Nessa altura também irei.
ADEUS COLEGAS, ATÉ BREVE...
Bruno Fonseca

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Eu, um Nobre

Estando eu a preparar-me para a minha caçada, com o rei e os meus amigos, um dos meus servos veio ao pé de mim e disse:
– Meu senhor, estando el-Rei e os seus amigos no local da caçada, surgiu um grandioso urso que os atacou violentamente… Tendes de os salvar! Sois a única pessoa capaz de o fazer.
– Então muito bem, eu irei salvá-los! – disse eu, correndo rapidamente para o meu veloz cavalo.
Percorrendo um longo caminho, cheguei ao meu território de caça e vi o urso gigante por cima de sua Majestade e dos meus fiéis amigos.
Sacrificando a minha vida pela dos outros, desembainhei a espada e combati com o urso. Lutei contra as suas garras afiadas e espetei-lhe a minha grande arma no seu coração. Todos estavam a salvo.
Virei-me para o urso e cortei-lhe a cabeça, mandando-a embalsamar e oferecendo-a ao senhor meu Rei, para este a colocar no seu salão de caça e não esquecer o meu feito.
O Rei, em sinal de gratidão, realizou um banquete e um torneio em minha honra. Concedeu-me ainda, como recompensa, mais terras e rendas, aumentando assim o meu feudo.
Depois dessa aventura, voltei para o meu castelo, para continuar a proteger as minhas posses, cobrar impostos e aplicar a justiça por todo o meu território.
Aguardo, agora, também, que o senhor meu Rei determine onde terão lugar novas conquistas, para assim tomar armas sob o seu pendão e, com outros nobres cavaleiros, ajudar na tomada de novas terras para o reino.
Miguel Vasconcelos, 5.º B (E.B. de Vila Praia de Âncora)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Se eu fosse da nobreza? Era uma princesa!

Se eu fosse da nobreza viveria num lindo e grande castelo com vista para o mar, para poder ver o pôr-do-sol. Vou falar do que faria dentro do castelo e de como eu passaria o dia: logo pela manhã pediria às minhas aias para me trazerem o pequeno-almoço à cama, para não ter de me levantar. Depois de tomar o pequeno-almoço e de me vestir, pedir-lhes-ia para me pentearem. Ao longo da manhã, ate à hora de almoço, “brincaria” com as minhas aias. À tarde iria ver duelos com o meu marido. À noite iria preparar-me para o jantar com a minha família.
Falarei agora do meu jardim: como me fartaria de estar dentro do castelo, apanharia flores no jardim com as minhas aias, trataria das plantas, apanharia ar fresco, daria de comer aos meus cisnes que nadavam no lago, daria de comer aos pássaros que por lá passavam e apanharia frutos.
A minha casa teria quartos grandes, com mobílias lindas e longas. O salão, onde daria as festas, teria uma enorme mesa e uma grande lareira. Na minha casa haveria um quarto para os convidados e uma grande cave para eu guardar coisas.
Seria lindo ser uma princesa e viver como um nobre! Quem me dera…
Ana Amorim, 5.ºA (E.B. de Vila Praia de Âncora)

terça-feira, 4 de maio de 2010

Se a Mafalda fosse uma dama da nobreza e vivesse na Idade Média

Eu, D. Mafalda, faço parte de um grupo social importante e privilegiado, a Nobreza. O meu marido chama-se D. João e conheci-o num torneio. A minha filha chama-se D. Brites e é muito bonita.
O meu palácio fica situado no alto de uma colina, onde tudo é perfeito. Confio as minhas terras às pessoas em quem tenho mais confiança.
Já há algum tempo, quando foi a época de guerra, D. João foi combater contra Castela. Agora que estamos em época de paz, vou muitas vezes com o meu marido andar a cavalo, vê-lo a participar em justas e torneios e também vou acompanhá-lo em caçadas. D. João gosta muito de praticar esgrima.
Eu tenho de estar sempre atenta aos assuntos domésticos. Faço muitos bordados e divirto-me todos os dias com as minhas damas de companhia.
D. João esteve a organizar uma festa que se vai realizar hoje à noite, enquanto eu e a minha filha, D. Brites, tratámos dos preparativos.
Temos vários salões e a festa vai ser realizada no maior deles. Já foi confirmada a presença dos músicos, das bailarinas, dos trovadores e dos saltimbancos. Eu e a Brites mandámos fazer fatos novos, mas D. João optou por usar o seu melhor fato. Eu quis usar as jóias que têm passado de geração em geração na nossa família e a Brites acabou por fazer a mesma coisa.
A mesa vai estar com muita abundância de comida, como por exemplo: carne, peixe e marisco e não me posso esquecer do acompanhamento, que geralmente é vinho e pão. Também comemos queijo e doces feitos de mel.
Depois do jantar a música toma conta da festa e assistimos a malabarismos, trovas e cantigas. Também costumamos dançar. No dia seguinte, de manhã, jogaremos xadrez, damas, cartas e dados e, à tarde, procuraremos caçar javalis para a ceia.
Vulgarmente o povo acha que os reis e as rainhas são maus, mas nas épocas em que o povo passa mal eu tento ajudar ao máximo.
Quando a minha filha casar vou dar-lhe uma das minhas terras, à sua escolha, e vou mandar construir o seu palácio, para que ela aí viva com o seu marido e com os seus filhos.

Mafalda Ferreira, 5.ºA (E.B. de Vila Praia de Âncora)

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Se o Joaquim fosse nobre e vivesse na Idade Média

Eu sou um Rei da Idade Média, sou D. Joaquim III, filho de D. Joaquim II e de D. Carla de Oliveira. Vivo numa fortaleza, numa terra muito distante, em que a erva é verde, a água límpida, o céu azul e onde os animais selvagens vagueiam calmamente pelas densas florestas de coníferas. O meu reino é calmo, com uma economia boa e estável e foi há muitos anos a última vez que entrou em guerra, ainda antes do meu reinado. Dividi o reino em dez condados que atribuí a nobres e cavaleiros da minha confiança, que me apoiaram nas decisões a tomar: o Condestável Nuno Rodrigues, O Veloz, o Conde César Magarinho, O Grande, o juiz Tiago Pereira, também conhecido por Tiago das Leis, o Cavaleiro Miguel Picoto, O Amistoso, o Condestável Miguel Vasconcelos, o Comandante, o Conde Jorge Amorim, o Matador, o explorador Alex Leles, O Viajante, o Doutor João Parente, o Pensador, o Conde João Mendes, o Perguntador, e o Cavaleiro Fernando, O Contente. Cada condado tem de obedecer às minhas ordens e prestar-me auxílio militar. Também cada chefe de condado tem de estar presente nas minhas cortes, que se realizam no Salão Mestre do meu palácio de arenito escurecido pelo sol e pelo tempo.
O meu palácio, grande e luxuoso, tem uma parte de habitação, em que me entretenho a comer, a praticar tiro ao arco, a fazer banquetes e a discutir assuntos do reino, e outra que serve para o treino militar, com cavalariças, onde guardo o meu cavalo branco de crinas castanhas e o armamento geral da fortaleza. Reúno aí também as minhas tropas e os meus conselheiros e amigos para preparar caçadas. Tem três salões principais, a Sala de Jantar, onde realizo os meus banquetes e espectáculos, o Salão Mestre, onde decido juntamente com as minhas cortes os assuntos do reino e a Sala das Armas, onde guardo o meu armamento pessoal.
Chegado certo dia decido fazer uma caçada com os meus fiéis condes. Mandei um mensageiro avisar os nobres para virem ter ao meu palácio e trazerem o seu cavalo para a caçada. O primeiro a aparecer às portas do castelo, montado no seu cavalo veloz, castanho, malhado de preto, foi o Condestável Nuno, seguido do Conde César, O Grande, montado no seu possante cavalo negro, que mais parecia um boi furioso e peludo. Um dia depois, vindos do estremo norte do reino, chegaram o Condestável Miguel Vasconcelos, no seu cavalo ruivo, o Conde Jorge Amorim, atrás dele, a trote no seu cavalo bege, e, no fim da fila, o Cavaleiro Fernando, feliz, em corrida no seu cavalo cinzento. Passados cinco dias chega uma carroça ao longe, comandada pelo cavaleiro Miguel Picoto e puxada por três cavalos, um deles castanho claro, outro preto com manchas brancas e outro ainda bege com manchas castanhas. Quando a carruagem chegou perto das portas do castelo, dei ordem à sentinela para abrir a porta do castelo; a carroça entrou, parou, o Cavaleiro Picoto desceu, desamarrou os cavalos e da carroça saiu o Doutor Parente com um montante na mão e o Tiago das Leis com a espada que escondia debaixo da capa negra até aos pés. Saudámo-nos todos informalmente e eu mandei o empregado da cavalariça instalar os cavalos dos nobres juntamente com o meu. O sol já se punha no horizonte e eu decidi dar um banquete enquanto esperávamos que chegassem o Explorador Alex e o Conde Mendes.
Durante o banquete, na sala de jantar, comemos carne de javali e cervo com fartura, ouvimos música, histórias, bebemos vinho e cerveja. Estivemos até altas horas naquela sala quadrada requintada, com belos tapetes persas e cabeças de animais de caça a enfeitar as paredes com apliques em ouro, a falar sobre caçadas anteriores e a fazer planos para a caçada que se havia de realizar no dia seguinte. Depois do belo festim, indiquei os quartos a todos os visitantes e recolhemos para descansar; iríamos ter um grande dia pela frente.
No dia seguinte, de manhã, chegaram, dos confins do reino, o explorador montado num puro-sangue cor de creme e o Conde João num garrano castanho e preto. Estávamos todos reunidos na praça principal da parte militar da minha propriedade, conferimos as armas e cada um levava um arco, um punhal e uma espada ou a arma pessoal, se necessário. Os galgos estavam a postos; dirigimo-nos para a floresta dentro dos domínios do meu palácio e soltámos os cães. A corneta soou e começámos todos a cavalgar atrás dos cães para ver o que encontravam. De início os cães apanharam sozinhos um leitão de javali; deixámo-los comê-lo porque era muito pequeno. A caçada continuou e, a certa altura, perdi-me do resto do grupo ao perseguir uma corça até uma clareira. A corça parou, à escuta, e eu peguei no arco, apontei e ia disparar quando a corça desapareceu na floresta e apareceu um urso pardo, muito maior que o meu cavalo que estava parado tão assustado como eu. O urso deu pela nossa presença e investiu sobre mim com uma patada que, por sorte, não me feriu gravemente, mas que me atirou abaixo do cavalo. Este fugiu assim que me viu estendido no chão, inerte. Levantei-me e vi o urso erguer-se sobre mim, assente apenas nas suas patas traseiras; nem pensei, peguei no arco e disparei uma seta para o abdómen que o perfurou ao nível da gordura que esconde debaixo do pêlo. Entretanto chega o Condestável Nuno a correr com um punhal na mão, seguido do Condestável Miguel, do Conde Jorge e dos restantes. Ao verem isto começaram a atacar a fera, esfaqueando-a e espetando-a com setas; o animal acabou por morrer com uma seta disparada pelo Conde Mendes que lhe entrou pela orelha esquerda e saiu pelo olho direito. Depois, todos transportámos a besta para o castelo, exibindo-a como troféu. E assim acaba esta caçada emocionante.
Joaquim Ribeiro, 5.º A (E.B. de Vila Praia de Âncora)