quarta-feira, 8 de junho de 2011

E se caísses numa nau do séc. XVI...

Os 25 Cavaleiros caíram na réplica de uma nau quinhentista que se encontra em Vila do Conde, relembraram as características desta embarcação e ficaram a saber melhor como era a vida a bordo no século XVI.
Foi, de facto, uma grande aventura e as curiosidades sucediam-se, despertando o interesse e a imaginação de todos.
Vamos lá recordar alguns aspectos:
A caravela era mais pequena do que a nau e utilizava vela triangular (ou latina), o que lhe permitia bolinar (navegar contra o vento). A nau era uma embarcação de maiores dimensões e utilizava, sobretudo, velas quadrangulares (ou redondas), atingindo, por isso, maior velocidade, uma vez que aproveitava melhor a força do vento. Assim, enquanto a caravela, porque era mais fácil de manobrar, era o navio perfeito para as missões de descoberta, a nau, porque tinha maiores dimensões, estava mais vocacionada para o transporte de mercadorias e podia ainda ser usada com sucesso para acções militares, uma vez que estava normalmente equipada com artilharia. As naus da armada de Vasco da Gama (1497-1499) eram as mais evoluídas do seu tempo, mas nos quinze anos que se seguiram o salto foi rápido e enorme. Em 1508 já se construíam naus de 800 toneladas.
Durante a época dos descobrimentos, muitas das caravelas e das naus das carreiras de África, da Índia e do Brasil foram construídas em Vila do Conde, local onde a mão-de-obra de alta qualidade era garantia de uma construção segura e resistente.
Foi mais um dia muito bem passado!

2 comentários:

  1. UMA HISTÓRIA DA NOSSA HISTÓRIA

    Aqui vos estou a escrever! Pois sentia-me perdido…
    Há muitos anos que não me lembrava das NAUS, das suas rotas, dos seus navegadores, em suma das suas histórias, até que, com esta vossa notícia, recordei ensinamentos que o meu pai me contava quando mais novo. Era muito querido entre nós, a história dos descobrimentos e das nossas embarcações, não fosse ele, meu pai um Marinheiro!
    Uma porém marcou a minha memória, aquela da Maior Nau do Mundo - a muito nossa - Nau Madre de Deus, segundo rezava o relato que me foi transmitido, era cerca de 3 vezes maior, do que qualquer barco inglês.
    Para nós Portugueses fica o orgulho de uma construção tão fantástica, pois os nossos “Amigos Ingleses”, saquearam-na, mas não foi incendiada como mandavam as práticas, era de tal forma magnífica que foi levada para Inglaterra. Apenas vos digo uma coisa, as riquezas que da Índia trazia equivaliam, a qualquer coisa como, a metade da riqueza da coroa Inglesa naquela data (1592).
    Apesar das imensas riquezas que a Madre de Deus transportava, o maior dos tesouros que os ingleses conseguiram, não foi uma jóia, foi um documento oriundo de Macau (de +/- 1590), nele constava informação valiosíssima sobre o comércio português na China e no Japão. Foi encontrado fechado numa caixa de cedro, enrolado 100 vezes por um tecido fino de Calecute, tratado como a mais preciosa das jóias.
    Devido a este saque os Ingleses passaram a impor aos descarregadores das suas naus uns uniformes curiosos, umas calças sem “Bolsos”, cabe a vós marinheiros “Caxineiros” descobrir, o porquê de tal vestimenta…
    Quando me foi narrada esta passagem da nossa nação, valeu uma visita ao museu da marinha, penso que lá podem contemplar uma réplica em miniatura da “Madre de Deus”, para além de belos barcos e não só!
    Esta história que me foi transmitida pelo meu pai, fica desta forma agora, contada ao meu filho, um dos marinheiros “Caxineiros”!...
    Já agora os Ingleses chamavam às nossas Naus - Carracas

    O Marinheiro Perdido

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